Sabia que você utiliza mais Linux do que qualquer ouro sistema operacional?
Conheça um pouco sobre os sistemas operacionais GNU/Linux e sua aplicação no mundo da informática.
Quando o assunto é estatísticas de utilização de sistemas operacionais temos resultados muito diferentes dependendo da área de utilização. Não há dúvidas que os sistemas operacionais mais utilizados por usuários sejam os sistemas operacionais da Microsoft. Entretanto, para aplicações de rede, servidores, segurança digital e outros nichos de infraestrutura computacional, há a predominância da utilização de sistemas operacionais GNU/Linux.
Então se você divide seu tempo de utilização da internet entre o computador e o celular, você está utilizando em ambos os sistemas Linux que gerencia sua conexão com a internet, mas somente em um dos casos o sistema Microsoft. Outros serviços e componentes utilizam os sistemas GNU/Linux ou códigos que descenderam deles, como por exemplo, smartphones, smarTVs, serviço de telefonia, TV por assinatura, etc.
Ainda tem o fato de que a maioria dos produtos comercializados envolvem sistemas GNU/Linux em ao menos uma etapa de confecção. Os softwares livres não geram custos às empresas pois são softwares gratuitos, porém, a liberdade é um fator muito mais importante do que o preço. (leia mais sobre software livre aqui)
De forma geral, por serem menos conhecidos e possuírem interfaces diferentes a cada versão e distribuição, o Linux não é um sistema muito utilizado por usuários finais. Em compensação, devido à segurança, estabilidade, desempenho e uma série de fatores positivos ele é o mais utilizado em servidores ou “gerenciadores de rede”.
Mesmo sem ver (ou saber), todo mundo utiliza Linux, diretamente ou indiretamente. É por este motivo que afirmamos que ele é o sistema operacional mais utilizado e útil do mundo.
Conheça um pouco mais sobre os sistemas GNU/Linux:
Na década de 60 o mundo conhecia muito pouco sobre computadores e informática. Apenas grandes corporações e organizações governamentais tinham acesso a este tipo de equipamento. Eles tinham arquiteturas proprietárias, então suas peças e softwares eram produzidos para um equipamento ou marca específica, tornando impossível a escolha por um software ou componente qualquer. Não havia compatibilidade e tudo era bem diferente do que conhecemos hoje.
Em 1969, um grupo de projetistas da Bell Labs, começou a trabalhar em uma solução para resolver os problemas de incompatibilidade de software. O novo sistema era simples e possuía seu código reciclável escrito em linguagem C. Este novo sistema operacional foi batizado com o nome de UNIX. Por suas características ele podia rodar em máquinas de hardware diferente, dispensava treinamento dos usuários que já tinham conhecimento sobre ele e com isso ajudava a torná-los compatíveis em diferentes sistemas e locais de trabalho. O problema é que o Unix era um sistema proprietário, ou seja, exigia licença de uso e restringia modificações e estudos.
Nos anos 80, com o surgimento dos PCs, muitas pessoas passaram a ter acesso aos computadores, o que fez nascer a necessidade de sistemas operacionais para gerenciar as máquinas. O sistema operacional mais utilizado na época era o MS-DOS, que também é proprietário. Diante da necessidade de flexibilização dos sistemas e do compartilhamento de conhecimento, Richard Stallman criou a idéia e conceito do software livre, fundando a GNU (Gnu Not is Unix) em 1984, que é uma organização sem fins lucrativos com intuito de criar um sistema operacional que fosse livre, de forma que programadores e colaboradores em qualquer lugar do mundo pudessem dar sua contribuição em prol de toda a comunidade.
Em 1985 Richard Stallman criou uma outra ONG para garantir os direitos e defender os interesses dos softwares livres. Esta organização chama-se FSF (Free Software Foudation).
A partir destes dois marcos a comunidade de software livre ganhou muita força e volume. Foram criados sistemas operacionais completos totalmente compostos por códigos livres. O único problema é que esta comunidade nunca conseguiu criar um núcleo (kernel) estável para estes sistemas.
O kernel é a interface dos aplicativos com a máquina. Ele coordena o funcionamento das peças como memória, processador, disco rígido e faz com que os programas (aplicativos) consigam utilizar estes recursos. A GNU possuía então um sistema operacional completo, composto por núcleo e ferramentas, mas a instabilidade do núcleo fez com que o projeto ficasse estagnado.
O Hurd, como é chamado o kernel da GNU não permitia que os sistemas operacionais GNU fossem um sucesso.
Em 1991, um finlandês chamado Linus Torvalds teve a ideia de como fazer um núcleo funcional de código aberto e divulgou através da (precária) internet da época um pedido de ajuda. Nasceu então o núcleo estável e confiável, que passou a ser utilizado nos sistemas GNU, compondo o que conhecemos hoje como sistemas operacionais GNU/Linux.
A GNU tinha tudo de um sistema operacional, exceto o kernel. Linus Torvalds tinha o kernel mas não as ferramentas. A partir disso todos os sistemas operacionais de código aberto devem ser chamados de GNU/Linux, de forma a reconhecermos os esforços de todos os envolvidos.
A partir de então, passaram a surgir inúmeras distribuições de sistemas operacionais GNU/Linux, também chamadas de Distros. Uma distro é o conjunto de softwares e ferramentas que compõem um sistema operacional, agrupadas em um CD com instalador. Como exemplo, podemos citar o Debian, Red Hat, Suze, Slackware, Ubuntu, etc. O que muda entre elas é a escolha de quais pacotes e versões já estão inclusas no sistema operacional, embora todas sejam muito compatíveis.
As diferenças entre os sistemas operacionais Microsoft, Mac e GNU/Linux entre outros são assuntos de um próximo post.
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