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FaceAPP: Divertido ou perigoso? Saiba como “envelhecer” no APP pode expor seus dados

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Nas últimas semanas o aplicativo FaceAPP atingiu o auge de sua popularidade. Muitos usuários embalados pela “diversão” de ver e compartilhar como seriam no futuro acabaram por aceitar os termos de uso do APP sem dar a devida atenção aos detalhes. Entenda:

 

Muita gente se divertiu e postou suas fotos com aparência de “melhor idade” no Facebook, Instagram e até mesmo em outras redes sociais ou aplicativos como WhatsApp, mas será que alguém leu os termos de uso e a política de privacidade do aplicativo antes de aceitá-lo?

No site do FaceAPP consta que a aplicação foi desenvolvida pela empresa russa chamada Wireless Lab. Nos termos de uso, é visível que os termos e a política de privacidade não são atualizados desde 2017, quando ele foi lançado.

Ao aceitar a política de privacidade do app, usuários fornecem aos desenvolvedores acesso à informações importantes. Basicamente o usuário autoriza o uso de seus conteúdos, sem qualquer compensação ou aviso – hoje ou num futuro próximo. Além disso, sempre que compartilhar conteúdos através dos serviços da aplicação, está aceitando que “o seu conteúdo ou qualquer informação associada será visível para o público”. Leia-se por informação associada as informações como dados do usuário, foto de perfil ou localização de GPS.

 Ainda nos conteúdos de usuário, é indicado que quem usa a app aceita que “qualquer uso comercial [que está automaticamente autorizado] não causará danos para si ou qualquer outra pessoa”.

Por meio do aplicativo a Wireless Lab  está compondo uma gigantesca base de dados, recolhendo as informações dos usuários. Na política de privacidade, um dos itens especificados pelos criadores da aplicação, é que ao fazer o download o internauta concorda DIRETAMENTE em fornecer fotografias e outras referências como, por exemplo, histórico de navegação.

 

A empresa ainda categoriza os dados recolhidos: informação direta (as suas fotografias, por exemplo), informação analítica, cookies e similares, informação sobre registos, dados sobre dispositivos e ainda metadados (indicações sobre hashtags, por exemplo, ou como os conteúdos foram criados).

 

Pessoas públicas ajudaram na divulgação do APP sem mesmo saber deste problema. Xuxa, por exemplo, é uma das pessoas que provavelmente entregou de bandeja todos os seus dados pessoais para o aplicativo

 

Segundo o especialista e consultor em T.I., Johannes Cristoni, antes de instalar um novo aplicativo é fundamental ler a descrição de quais permissões de acesso serão autorizados, além da política de privacidade. “Se você está de acordo com o possível uso de suas informações (como histórico de navegação, áudio do microfone,  fotos ou vídeos) então não há nada errado em aceitar os termos. Caso não concorde, não instale”, orienta.

Para piorar ainda mais a situação, os celulares com sistema Android ainda podem compartilhar permissões entre APPs, fazendo com que as permissões que você concedeu ao FaceAPP sejam compartilhadas com outros aplicativos. Fizemos um post especial sobre este assunto e ele pode ser lido NESSE LINK

 

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