Software livre é derivado do termo em inglês free software, que foi criado para caracterizar o tipo de licença dos softwares com o conceito de liberdade.
Para entender melhor este conceito precisamos compreender o que é um software proprietário, que ao contrário do livre é de propriedade de uma pessoa, empresa ou organização, que detém seus direitos autorais e intelectuais. Para utilizar, estudar, modificar e copiar um software proprietário o usuário precisa de licenças especiais do fabricante, que normalmente exige investimento financeiro. Um bom exemplo de software proprietário é o sistema operacional Windows, que por ser um produto comercial exige uma licença de uso para que você possa instalá-lo em seu computador.
Instalar, copiar, modificar ou estudar o sistema operacional sem autorização da Microsoft caracteriza pirataria. Isso acontece porque a Microsoft é uma empresa e seu negócio é vender seus produtos para obter lucros.
Já os softwares livres são de propriedade de uma comunidade que não visa lucro direto, como os sistemas operacionais GNU/Linux. Desta forma todos os desenvolvedores criam programas e fazem melhorias para beneficiar a todos os usuários da comunidade. O software livre também possui licenças, mas que no lugar de restringirem a cópia, modificação e estudo do software as incentiva, garantindo que o software possa ser copiado, estudado, modificado e distribuído para qualquer pessoa desde que estas permissões e o código fonte do programa também sejam repassados.
Este conceito de licença nasceu em 1984, quando uma experiência ruim com softwares proprietários fez com que Richard Stallman idealizasse uma organização que faria softwares que pudessem ser livres para todos. Nasce aqui o projeto GNU (acrônimo para Gnu Not is Unix) que já no nome fazia comparação com o software proprietário muito utilizado na época, o Unix.
Após criar este projeto, foi necessário que Stallman criasse um mecanismo legal de garantias destas liberdades, surgindo assim FSF (Free Software Foundation) que é a fundação sem fins lucrativos e cuida dos interesses e liberdades relacionadas aos programas livres.
A FSF que foi fundada em outubro de 1985, criou e fez valer a licença que utiliza hoje a maioria dos softwares livres: a GPL (general Public License).
A Free Software Foundation considera um software como livre quando atende aos quatro tipos de liberdade para os usuários:
Liberdade 0: A liberdade para executar o programa, para qualquer propósito;
Liberdade 1: A liberdade de estudar o software;
Liberdade 2: A liberdade de redistribuir cópias do programa de modo que você possa ajudar ao seu próximo;
Liberdade 3: A liberdade de modificar o programa e distribuir estas modificações, de modo que toda a comunidade se beneficie.
Para que as quatro liberdades sejam satisfeitas é necessário que o programa seja distribuído juntamente com o seu código-fonte e que não sejam colocadas restrições para que os usuários alterem e redistribuam esse código.
Ainda há outro conceito relacionado que é o OpenSource (código aberto). Este conceito assim como o free software garante que o código-fonte dos programas seja distribuídos junto às cópias e que ele possa ser estudado, modificado e copiado, mas que o conhecimento utilizado para estas modificações possa ser usado como produto de venda. Em outras palavras, o OpenSource possui a mesma linha de pensamento do Free Software, com a diferença de que há a liberdade para se vender e negociar as modificações e melhorias, bem como um software feito com códigos livres.
Uma das principais vantagens do software livre é que milhares de desenvolvedores trabalham todos os dias no aprimoramento de segurança e correção de falhas, bem com a modernização do sistema, tornando seu aprimoramento muito mais rápido.
Mesmo que você não saiba está usando um software livre indiretamente. Um grande percentual (entre 80% e 90%) dos servidores de internet usam um software livre. Fora os provedores de internet e operadoras de telecomunicações.
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Até a próxima!